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24 de jan. de 2011

Co-working em Curitiba


 Apresentamos o primeiro projeto arquitetônico desenvolvido com modelagem generativa e fabricação digital de Curitiba (e um dos primeiros no Brasil): os interiores da Aldeia Coworking, pelo Atelier UM. A ficha:

Localização: Curitiba, Brasil
Ano do projeto: 2010
Área: 215m2
Projeto: Atelier UM
Equipe: Gustavo Utrabo, Juliano Monteiro, Pedro Duschenes, Ernesto Bueno, Lucas Kodama, Mariana Bittencourt
Fotos: Alexandre Utrabo



Press Release: 

Não se estabeleceu uma massa homogênea focada em um só objetivo ou direção, mas a formação de diversas constelações de relacionamentos espontâneos e inesperados influenciadas por questões de proximidade e catalisados pela proposta de atividades de participação geral do Coworking.

O projeto surge como conseqüência natural do questionamento da funcionalidade de um espaço Coworking. Indivíduos com atividades/interesses diversos sentados lado à lado criam a possibilidade de interações diferentes daquelas esperadas em uma empresa onde as mesmas profissões ocupam os mesmos espaços físicos.

Fisicamente, o espaço que um Coworking necessitaria como tipologia de escritório estritamente funcional seria um galpão com  espaço suficiente para mesas de trabalho. Essa configuração tem alguns lados positivos: a noção de unidade do espaço, a sensação de igualdade entre os usuários, facilidade de comunicação entre outros. Por outro lado a monotoneidade e falta de diferenciação criam uma atmosfera psicologicamente desagradável e pouco estimulante. 

Tentamos trabalhar de modo a não perder uma sensação de unidade, possível pelas dimensões locais, e ao mesmo tempo criar situações de especificidade espacial. Essas especificidades, no entanto, não se fecham em si mesmas, são flexíveis e interligadas cadencialmente. A variação/movimento de um elemento, seja ele de iluminação, fechamento ou trabalho em determinada área, influencia outro elemento em distinta área, que por sua vez influencia outro elemento em outra área sucessivamente. Dessa forma a continuidade não é simplesmente unitária mas cadenciada por diferentes intenções de uso em determinados momentos.

Como um dos exemplos dessas interseções e modificações espaciais estudadas no projeto pode-se citar a estante paramétrica de fabricação digital que se conforma a variadas funções e interliga dois espaços de trabalho onde mesas rapidamente montáveis/desmontáveis configuram diferentes relações interpessoais, enquanto os limites da área destinada à reuniões pode desaparecer com o puxar de uma cortina revelando uma nova dimensão para este mesmo espaço onde se encontram as estações de trabalho e parte da estante.